sábado, 2 de fevereiro de 2008

O conteúdo de uma galáxia....

Não se pode mencionar TUDO tal como formigas, peúgas, lojas e coisas do género, mas esta é uma lista aproximada do que anda a voar por aí no espaço...

Estrelas - a nossa galáxia contém cerca de um milhão de milhões de estrelas e estas são as maiores coisas isoladas no espaço. Podem variar em tamanho, temperatura e idade, mas estão todas a arder furiosamente, produzindo calor e luz, e por isso é que conseguimos vê-las!

O sistema solar - o nosso sistema solar inclui a estrela à qual chamamos Sol, os planetas e outros calhaus que andam a voar à volta dele. A palavra solar significa «pertencente ou referente ao Sol». O Sol é apenas uma estrela insignificante, mas não te desapontes... Se ele fosse um pouco maior, todos nós teríamos sido derretidos há muito!

Planetas - orbitando a volta do nosso Sol (e de outras estrelas) há um conjunto de planetas. O Sol é, de longe, maior que todos os seus planetas juntos, e como os planetas não produzem luz, apenas conseguimos vê-los porque o Sol os ilumina (no caso de planetas a volta de outras estrelas são elas que os iluminam...).

Satélites (ou luas) - «satélite» pode significar todo o tipo de coisas, mas basicamente é uma coisa mais pequena que se liga a outra coisa maior, porque de outra forma não sabe onde ir. (Se alguma vez te transformares numa estrela famosa repararás nisso, só que em vez de chamar-lhes satélites vai designá-los de executivos, relações públicas e assim.)

Cometas - são fabulosos! Enquanto tudo no sistema solar geralmente anda calmamente, conservando-se fora do caminho de tudo o resto, os comtas atravessam violentamente o sistema solar de um lado ao outro e voltam ao local do crime. Isto é ainda mais grave quando se sabe que um cometa médio é apenas um cubo de gelo com oito quilómetros de largura.

Asteróides - são restos de rocha e metal a voar pelo espaço. No sistema solar, a maior parte deles estão na chamada Cintura de Asteróides, a qual se situa entre Marte e Júpiter. O maior asteróide nessa cintura tem mil quilómetros de diâmetro, e ninguém sabe as dimensões do mais pequeno, porque é demasiado pequeno. A coisa mais importante acerca do espaço é que existe uma quantidade de coisas que ninguém conhece, pelo que podes inventar alguma coisa e ninguém pde afirmar categoricamente que estás errado!

Meteoritos - terrível! São normalmente ou cometas errantes que vêm despenhar-se na Terra. Aquecem de tal maneira que se inflamam ao mergulhar através da atmosfera e, consequentemente, são bastante mais pequenos no momento em que atingem o solo. Isto é um alívio porque, para dar uma ideia do poder que possuem, há milhões de anos atrás um meteorito atingiu o Canáda e abriu uma cratera de quatro quilómetros de diâmetro! O maior meteorito descoberto na Terra pesa cinquenta e cinco toneladas e despenhou-se num país africno, a Namíbia, pelo que é espantoso que a Namíbia ainda lá esteja. Algumas pessoas pensam que um meteorito maciço atingiu a Terra há sessenta e cinco milhões de anos e que a destruição global, o ruído e o caos gerado provocaram a extinção dos dinossauros. Ou isso ou então os dinossauros juntaram-se todos numa grande pilha e o meteorito caiu sobre ela e esborrachou o conjunto.

Aerólitos - são minúsculos grãos de poeira normalmente deixados para trás pelo cometas e que ardem completamente ao entrar na atmosfera da Terra. São designados pela alcunha de estrelas cadentes e se olhares para um céu limpo nas duas primeiras semanas de Agosto e fores paciente, poderás ver algumas. Embora sejam minúsculas, se uma delas atingir um foguete espacial pode provocar danos consideráveis, porque no espaço tudo se desloca irresponsavelmente depressa.

Galáxias irregulares

São aquelas que não têm estruturas comuns, não apresentam núcleo e têm um aspecto caótico. São compostas por estrelas jovens e o gás interestelar é abundante: entre 10% e 20% do total. Apesar da sua diversidade, há dois grupos principais: as semelhantes a uma Grande Nuvem de Magalhães e as azuis compactas. As primeiras têm um núcleo pequeno e rudimentos de braços espirais, muitas vezes com uma barra. Parecem galáxias em espiral pouco evoluídas, talvez devido à sua pequena massa: dez mil milhões a do Sol. As azuis compactas são muito pequenas: a sua massa é apenas de cem milhões de vezes a do Sol. São muito activas na formação de estrelas, tanto que parecem regiões HII isoladas. Podem ser galáxias muito jovens que, até agora, não começaram a formação de estrelas ou mesmo galáxias antigas que formaram as suas estrelas 'a saltos', dos quais agora veríamos um. Supondo que estas galáxias terão mudado pouco a sua composição química inicial, o seu estudo permite determinar a taxa de formação do hélio cosmológico, que parece ser de 24%.

Como fazer um modelo da nossa galáxia à hora do jantar?!

1º Pega numa tijela com sopa de rabo de boi e um bocado de creme
2º Mexe a sopa de rabo de boi de maneira a que comece a rodar m volta da tigela
3º Enquanto a sopa roda deita uma grande gota de creme na sopa

Resultado: Deves conseguir uma espiral muito semelhante à nossa galáxia... Apenas com duas diferenças importantes: a nossa galáxia é MUITO maior; não sabe a sopa de rabo de boi =)

Galáxias espirais

Em geral, têm um núcleo de aparência semelhante a uma galáxia elíptica e um disco com estrutura em espiral, para além do halo pouco denso. No núcleo e no halo, as estrelas são antigas mas, nos braços espirais, há muitas estrelas jovens e brilhantes. Isto faz com que o núcleo tenha uma cor avermelhada e o disco seja de cor azul. O gás interestelar pode chegar a atingir 10% do total da massa da galáxia, que é semelhante à da Via Láctea: cerca de cem mil vezes a massa do Sol. Existem dois tipos: as espirais normais, nas quais os braços saem directamente do núcleo, e as barradas, nas quais os braços saem do extremo de uma barra que atravessa o núcleo. A origem dos braços é controversa.
A nossa galáxia é, portanto, deste tipo.

Galáxias lenticulares

Têm propriedades intermédias entre as elípticas e as espirais, mas não são galáxias em evolução de um tipo ou de outro. Têm um núcleo e disco como as em espiral, mas sem a estrutura em braços desta última. O núcleo é mais importante, relativamente ao disco, que as em espiral: 50% do tamanho total. A população estelar, contudo, é semelhante à das elípticas: estrelas antigas gigantes vermelhas. A sua cor é, pois, também vermelha. Dois terços delas não apresentam gás, como as elípticas, e o outro terço tem tanto como as em espiral. Giram como as em espiral. O facto de as lenticulares abundarem mais nos enxames densos e as em espiral se apresentarem mais isoladas leva a pensar que as primeiras perderam o seu gás por fricção com o gás intergaláctico que enche os enxames (com uma temperatura de um milhão de graus e uma densidade de centenas de partículas por metro cúbico), o qual abortou a sua evolução para espirais típicas, cortando a possibilidade de posterior formação de estrelas, que se deteve há cinco mil milhões de anos.

Galáxias elípticas

São assim designadas porque têm uma forma mais ou menos elíptica, muito original... A sua aparência é homogénea e, ao contrário do que se suponha até há poucos anos, a forma elíptica não é fruto da força centrífuga, já que se comprovou espectroscopicamente que giram muito lentamente. As suas massas oscilam entre 100 milhões e os 10 biliões de vezes a massa do Sol. Estas últimas são os corpos isolados de maior massa de todo o Universo.
As estrelas que as compõe são vermelhas e frias, da classe das gigantes vermelhas. São estrelas antigas, semelhantes às estrelas antigas do núcleo do halo da nossa galáxia. A cor da galáxia é, portanto, avermelhada. O gás interestelar está, praticamente, ausente e, portanto, não apresentam actividade actual de formação de estrelas. O conteúdo em elementos pesados é um pouco mais alto que nas estrelas antigas da nossa galáxia, o que sugere que a primeira geração de estrelas se formou e evoluiu para supernovas mais rapidamente que nas galáxias em espiral, como a nossa.
Como casos muito especiais e controversos, existem algumas que apresentam gás e poeiras e são fontes de ondas de rádio intensas.

O que é uma Galáxia?

Galáxia é o nome que se dá a uma grande quantidade de calhaus diferentes voando quase juntos no espaço. As Galáxias podem ter formas diferentes:
- elípticas;
- lenticulares;
- espirais;
- espirais barradas;
- irregulares.
As Galáxias são, então, as unidades de construção do Universo. Actualmente, conhece-se cerca de mil milhões mas, com o aumento da potência instrumental, descobrir-se-á muitas mais.
As Galáxias agrupam-se em enxames e estes, em enxames de enxames. A classificação actual das Galáxias provém de Hubble, no ano de 1925, a partir da sua aparência física.